domingo, 18 de julho de 2010

Avalokiteshvara

"Há inumeráveis eras, mil príncipes juraram tornar-se budas. E Avalokiteshvara prometeu não obter a iluminação até que todos os outros mil príncipes a tivessem conseguido. Na sua infinita compaixão, ele também fez o voto de liberar todos os seres sencientes do sofrimento dos vários reinos do samsara. Diante dos budas das dez direções, ele rezou: “Possa eu ajudar todos os seres, e se alguma vez cansar nesse trabalho imenso, possa o meu corpo ser despedaçado em mil partes”. Conta-se que primeiro ele desceu aos infernos, subindo gradualmente através do mundo dos fantasmas famintos até o reino dos deuses. De lá olhou para baixo e viu horrorizado que, embora tivesse salvo inúmeros seres do inferno, incontáveis outros estavam caindo lá. Isso o deixou na mais profunda dor. Por um instante ele quase perdeu a fé no seu nobre voto, e seu corpo explodiu em mil pedaços. Em desespero, pediu ajuda a todos os budas, que vieram em sua direção de todos os recantos do universo, como uma suave tempestade de neve com seus flocos brancos. Os budas deixaram-no inteiro de novo, e a partir de então Avalokiteshvara tem onze cabeças e mil braços, e em cada palma das mil mãos tem um olho, significando a união da sabedoria e dos meios hábeis – marca da verdadeira compaixão. Nessa forma ele ficou ainda mais resplandecente e poderoso do que antes para ajudar todos os seres!”.

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