sexta-feira, 9 de julho de 2010

Parte 1

1. Procurando o boi


Desolado através das florestas e aterrorizado nas selvas, ele procura um boi que não encontra.
Acima e abaixo, rios escuros, sem nome espraiados;
Em matas espessas ele percorre muitas trilhas.
Cansado até os ossos, com o coração pesado, continua a buscar algo que não pode encontrar.
Ao entardecer, escuta cigarras gorjeando nas árvores.

2. Encontrando os rastros


Viu pegadas sem número
Na floresta e à margem das águas.
Em que distâncias vê ele a relva pisada?
Mesmo as gargantas mais profundas das mais altas montanhas
Não podem esconder o focinho desse boi que toca diretamente o céu.

3. Primeiro vislumbre do boi


Um rouxinol gorjeia num ramo,
O som brilha nos salgueiros ondulantes.
Ali está o
boi, onde poderia esconder-se?
Essa esplêndida cabeça, esses cornos majestosos,
Que artista poderia retratá-lo?

4. Agarrando o boi


Ele precisa agarrar o laço com firmeza e não deixá-lo escapar
Porque o boi tem ainda tendências doentias.
Ora se precipita para as montanhas,
Ora vagueia numa garganta nevoenta.

5. Domando o boi


Ele deve segurar com firmeza o cabresto e não permitir ao boi vaguear
Para que não se extravie por lugares lamacentos.
Devidamente cuidado, torna-se limpo e gentil.
Solto, segue de bom grado a seu dono.

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